Expositor 3

O protagonismo de Berta Ribeiro na disseminação da cultura indígena no Brasil

Expositor 03

Legenda: Ruth Sousa. “Retrato de Berta Ribeiro no Mato Grosso”. Marrom Van Dyke sobre papel Arches. 60 x 40 cm. 2023.

Descrição: Berta Ribeiro, no ano de 1948, durante expedição nas aldeias Kadiwéu, Kaiwá, Terêna e Ofaié-Xavantes do Sul do Mato Grosso. As expedições realizadas com Darcy acenderam em Berta o interesse pela vida e cultura dos povos indígenas do Brasil, ela se tornou, se não a mais importante, uma das grandes especialistas no assunto.

Descrição

Arquivo Central - (ACE) · expositor 3-1

EXPEDIÇÕES

Berta Ribeiro realizou muitas expedições. Em agosto de 1977 retornou ao Parque Nacional do Xingu. Esteve em contato com as tribos Yawalapiti e Txikão, no sul do parque, e com os Kayabí, ao norte. Viajou também a Aracati, no Ceará, para observação da confecção do trançado sertanejo da palha de carnaúba. Em 1978, realizou expedição aos afluentes do Rio Negro (rio Uaupés e Tiquié) e do Rio Içana (Rio Aiari) para estudar o trançado indígena. Durante sua estada nessa aldeia, Berta ajudou dois índios Desãna (Tolamãn Kenhirí e Umúsin Panlõn Kumu) a dar redação definitiva a um conjunto de mitos que se tornou o livro intitulado Antes o mundo não existia, publicado em 1980. Essa publicação foi bastante elogiada pelo público em geral e pela comunidade científica, sobretudo em virtude da atitude pioneira de Berta de ceder os direitos autorais para os dois autores indígenas. Em 1981, visitou as aldeias dos índigenas Asuriní e Araweté com o médico e fotógrafo Frederico Ribeiro. Como resultado dessa viagem, eles produziram os documentários Asuriní: fuso e fio; Asuriní: barro e corpo; Araweté: técnicas primitivas e Araweté: a índia vestida, integrantes do projeto Artes têxteis indígenas do Brasil, do Museu Nacional (UFRJ), de 1982.